Escolas terão autonomia para definir currículo e enfoque de disciplinas
O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou ontem o projeto das novas diretrizes do Ensino Médio, que prometem dar maior autonomia às escolas para definir currículos e o enfoque das disciplinas, entre outras mudanças. O projeto, debatido há oito meses, servirá para combater os índices ruins do Ensino Médio no país.
Ajustes ainda serão feitos no texto, mas o conteúdo das diretrizes não deverá sofrer alteração. A seguir, o projeto precisa ser homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Assim que isso ocorrer, as escolas poderão definir uma área de atuação para montar seu projeto pedagógico – ciência, tecnologia, cultura ou trabalho.
A intenção de dotar as escolas de mais autonomia é dar subsídios ao desenvolvimento das potencialidades de cada comunidade. Uma escola de uma região industrial, por exemplo, poderia enfocar a área de tecnologia, abrindo mais espaço às disciplinas de física e química.
Especialista faz ressalva sobre as alterações aprovadas
As disciplinas obrigatórias, porém, não podem deixar de ser ministradas. A ideia se contrapõe ao ensino voltado basicamente para a aprovação no vestibular.
– O Ensino Médio não é o trampolim para a universidade. Pode preparar para a universidade, mas essa não é a sua única missão. Tem de preparar para a vida, servir para o mundo do trabalho e da cidadania – defende o conselheiro José Fernandes de Lima, relator das diretrizes.
Doutora em Educação, a professora da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Helena Sporleder Côrtes considera que a proposta é interessante, mas faz ressalvas. Antes de tudo, é preciso conferir se haverá alguma alteração substancial no projeto. A seguir, levanta a questão sobre o modo como as escolas usarão essa liberdade para mexer na grade curricular, por exemplo.
– Ampliar a formação, em nível médio, em uma determinada área pode ser muito saudável. Mas isso não pode prejudicar aquilo que antigamente chamávamos de base comum. O papel da escola é ensinar português, matemática e ciência. É para isso que as pessoas vão à escola. Por mais que se queira privilegiar a área cultural, humanística, uma criança precisa conhecer as quatro operações matemáticas, precisa saber geometria basicamente – afirma a especialista em educação.
Ajustes ainda serão feitos no texto, mas o conteúdo das diretrizes não deverá sofrer alteração. A seguir, o projeto precisa ser homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Assim que isso ocorrer, as escolas poderão definir uma área de atuação para montar seu projeto pedagógico – ciência, tecnologia, cultura ou trabalho.
A intenção de dotar as escolas de mais autonomia é dar subsídios ao desenvolvimento das potencialidades de cada comunidade. Uma escola de uma região industrial, por exemplo, poderia enfocar a área de tecnologia, abrindo mais espaço às disciplinas de física e química.
Especialista faz ressalva sobre as alterações aprovadas
As disciplinas obrigatórias, porém, não podem deixar de ser ministradas. A ideia se contrapõe ao ensino voltado basicamente para a aprovação no vestibular.
– O Ensino Médio não é o trampolim para a universidade. Pode preparar para a universidade, mas essa não é a sua única missão. Tem de preparar para a vida, servir para o mundo do trabalho e da cidadania – defende o conselheiro José Fernandes de Lima, relator das diretrizes.
Doutora em Educação, a professora da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Helena Sporleder Côrtes considera que a proposta é interessante, mas faz ressalvas. Antes de tudo, é preciso conferir se haverá alguma alteração substancial no projeto. A seguir, levanta a questão sobre o modo como as escolas usarão essa liberdade para mexer na grade curricular, por exemplo.
– Ampliar a formação, em nível médio, em uma determinada área pode ser muito saudável. Mas isso não pode prejudicar aquilo que antigamente chamávamos de base comum. O papel da escola é ensinar português, matemática e ciência. É para isso que as pessoas vão à escola. Por mais que se queira privilegiar a área cultural, humanística, uma criança precisa conhecer as quatro operações matemáticas, precisa saber geometria basicamente – afirma a especialista em educação.
O que prevê o projeto |
ÊNFASES |
- Cada escola poderia escolher entre quatro áreas de atuação para focar o seu currículo: |
- Ciência |
- Tecnologia |
- Cultura |
- Trabalho |
MONTAGEM DA GRADE |
- Conforme a ênfase escolhida, a escola pode aumentar ou diminuir o número de horas-aula das disciplinas da base nacional comum, que incluem português e matemática. Uma escola que escolha cultura, por exemplo, pode aumentar as aulas de português e diminuir as de matemática. |
ENFOQUE DAS DISCIPLINAS |
- A mudança também favorece que as escolas direcionem o ensino das disciplinas a sua área de atuação. Um estabelecimento com ênfase em ciência pode voltar os estudos de português para a análise de textos científicos, por exemplo. |
ENSINO NOTURNO |
- Entre as mudanças possíveis estão a ampliação do curso noturno de três para quatro anos, com uma carga horária menor. O objetivo da mudança seria reduzir o cansaço de quem estuda nesse período. Outra possibilidade é ampliar o ensino à distância nessa modalidade. |
FONTE: DIÁRIO CATARINENSE
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